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Existe uma entidade clínica em Medicina do Sono chamada síndrome das pernas inquietas. O paciente afetado refere na história clínica um desconforto nos membros inferiores nos momentos que antecedem o sono, principalmente ao deitar. A característica do desconforto pode variar bastante, desde um leve formigamento até dor, câimbras e sensação de choque. Um relato comum na história clínica é o alívio da sensação com a movimentação das pernas. Em casos mais graves pode determinar desconforto severo ao paciente e reduzir de maneira significativa qualidade de vida e qualidade do sono.
No exame de polissonografia é comum o achado de movimentos periódicos de pernas, atividade eletromiográfica com características específicas que podem ocorrer inúmeras vezes por hora e podem causar fragmentação do sono. Os movimentos periódicos durante o sono podem ser de pequena amplitude e não serem percebidos pelo próprio paciente ou familiares. Na avaliação do paciente também é importante exames gerais e avaliação clínica completa para diagnóstico de condições patológicas que podem estar associadas.
A prática de atividade física regular é fundamental e pode minimizar as manifestações da doença. O tratamento farmacológico é feito com medicações agonistas de dopamina, parecidos com as medicações utilizados em distúrbios de vias dopaminérgicas como a síndrome de Parkinson.
É muito importante ressaltar que a síndrome de pernas inquietas é entidade clínica cujo diagnóstico exige manifestações clínicas específicas. O simples achado de movimentos periódicos no exame de polissonografia não define o diagnóstico, já que podem estar relacionados a outro distúrbios do sono. O tratamento deve ser indicado e acompanhado por médico especialista em sono, uma vez que as medicações não são de fácil manejo e podem ter efeitos colaterais.
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